Os dias da Comuna: a poesia na luta pelo futuro
Bertold Brecht
1.Considerando nossa fraqueza os senhores forjaramSuas leis para nos escravizarem.As leis não mais serão respeitadasConsiderando que não queremos mais ser escravos.Considerando que os senhores nos ameaçamCom fuzis e com canhõesNós decidimos: de agora em dianteTemeremos mais a miséria do que a morte.
2.Consideramos que ficaremos famintosSe suportarmos que continuem nos roubandoQueremos deixar bem claro que são apenas vidraçasQue nos separam deste bom pão que nos falta.Considerando que os senhores nos ameaçamCom fuzis e canhõesNós decidimos, de agora em dianteTemeremos mais a miséria que a morte.
3.Considerando que existem grandes mansõesEnquanto os senhores nos deixam sem tetoNós decidimos: agora nelas nos instalaremosPorque em nossos buracos não temos mais condições de ficar.Considerando que os senhores nos ameaçamCom fuzis e canhõesNós decidimos, de agora em dianteTemeremos mais a miséria do que a morte.
4.Considerando que está sobrando carvãoEnquanto nós gelamos de frio por falta de carvãoNós decidimos que vamos toma-loConsiderando que ele nos aqueceráConsiderando que os senhores nos ameaçamCom fuzis e canhõesNós decidimos, de agora em dianteTemeremos mais a miséria do que a morte.
5.Considerando que para os senhores não é possívelNos pagarem um salário justoTomaremos nós mesmos as fábricasConsiderando que sem os senhores, tudo será melhor para nós.Considerando que os senhores nos ameaçamCom fuzis e canhõesNós decidimos: de agora em dianteTemeremos mais a miséria que a morte.
6.Considerando que o que o governo nos prometeEstá muito longe de nos inspirar confiançaNós decidimos tomar o poderPara podermos levar uma vida melhor.Considerando: vocês escutam os canhõesOutra linguagem não conseguem compreenderDeveremos então, sim, isso valerá a penaApontar os canhões contra os senhores!
Os dias da Comuna que Brecht escreveu em 1948-1949, traduzida para o português por Fernando Peixoto.
O poeta e dramaturgo comunista Bertolt Brecht (10 de fevereiro de 1898 – 14 de agosto de 1956) renovou o teatro e a poesia exprimindo sentimentos revolucionários sob uma forma igualmente revolucionária, adequada a seu tempo e às suas contradições.
Militante comunista, foi combatente antinazista da linha de frente, engajando sua arte na luta pela democracia, pelo socialismo, contra o fascismo e o nazismo. Ligou a crítica ao nazismo ao combate contra a repressão característica do tempo de reação burguesa, da qual o bestial massacre da Comuna de Paris foi um marco.
A arte, propunha ele, precisa estar a serviço da luta operária, do progresso social e dos mais altos sentimentos de humanidade e solidariedade. É um instrumento, nesse sentido, de combate à alienação e ferramenta para despertar e consolidar a consciência de classe. Os dias da Comuna é um dos melhores exemplos da clareza e determinação que ilumina os escritos de Brecht.
Campanha incentiva redução de sacolas plásticas
A indústria brasileira deixou de produzir cinco bilhões de sacolas plásticas entre 2009 e 2010, desde o início da campanha Saco é um Saco, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente (MMA). A campanha é do ministério, em parceria com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Segundo levantamento do MMA, em 2009 foram produzidos 15 bilhões de sacolas. Na última terça-feira (15), Dia Mundial dos Direitos do Consumidor, o MMA lançou três cartilhas para orientar gestores, consumidores, instituições públicas e empresas privadas a atingirem metas de redução no uso de sacolas. O primeiro volume traz orientações para municípios. São apresentadas ideias, sugestões e ferramentas úteis que possibilitam a municipalização da campanha Saco é um Saco, estimulando gestores públicos municipais a tornarem-se os catalisadores desse processo. No segundo volume, há orientações para instituições públicas ou privadas, apresentamos a experiência da campanha em promover articulações entre os setores envolvidos, de maneira a viabilizar sua realização.No terceiro volume, são expostas orientações para consumidores. A cartilha oferece dicas para facilitar a mudança de hábitos do consumidor, apresentando alternativas para o acondicionamento de compras e de lixo. Também propõe formas de envolver a família e a comunidade neste movimento.Riscos - As sacolas plásticas causam grandes impactos no meio ambiente, poluindo mares, rios e se acumulando nas cidades e na natureza. Uns dos mais graves danos são causados aos animais que habitam os oceanos: eles as ingerem, confundido-as com algas. Assim, acabam sufocados ou deixam de se alimentar devido à sensação de estômago cheio que o material causa.Saiba mais - as cartilhas também estarão disponíveis em meio eletrônico (PDF) nos sites das entidades e no blog da campanha Saco é um Saco (www.sacoeumsaco.com.br/blog).Foto: Portal do ProfessorA indústria brasileira deixou de produzir cinco bilhões de sacolas plásticas entre 2009 e 2010, desde o início da campanha Saco é um Saco, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente (MMA). A campanha é do ministério, em parceria com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Segundo levantamento do MMA, em 2009 foram produzidos 15 bilhões de sacolas. Na última terça-feira (15), Dia Mundial dos Direitos do Consumidor, o MMA lançou três cartilhas para orientar gestores, consumidores, instituições públicas e empresas privadas a atingirem metas de redução no uso de sacolas. O primeiro volume traz orientações para municípios. São apresentadas ideias, sugestões e ferramentas úteis que possibilitam a municipalização da campanha Saco é um Saco, estimulando gestores públicos municipais a tornarem-se os catalisadores desse processo. No segundo volume, há orientações para instituições públicas ou privadas, apresentamos a experiência da campanha em promover articulações entre os setores envolvidos, de maneira a viabilizar sua realização.No terceiro volume, são expostas orientações para consumidores. A cartilha oferece dicas para facilitar a mudança de hábitos do consumidor, apresentando alternativas para o acondicionamento de compras e de lixo. Também propõe formas de envolver a família e a comunidade neste movimento.Riscos - As sacolas plásticas causam grandes impactos no meio ambiente, poluindo mares, rios e se acumulando nas cidades e na natureza. Uns dos mais graves danos são causados aos animais que habitam os oceanos: eles as ingerem, confundido-as com algas. Assim, acabam sufocados ou deixam de se alimentar devido à sensação de estômago cheio que o material causa.Saiba mais - as cartilhas também estarão disponíveis em meio eletrônico (PDF) nos sites das entidades e no blog da campanha Saco é um Saco (www.sacoeumsaco.com.br/blog).
Fonte: MMA
Os dias da Comuna: a poesia na luta pelo futuro
Bertold Brecht
1.
Considerando nossa fraqueza os senhores forjaram
Suas leis para nos escravizarem.
As leis não mais serão respeitadas
Considerando que não queremos mais ser escravos.
Considerando que os senhores nos ameaçam
Com fuzis e com canhões
Nós decidimos: de agora em diante
Temeremos mais a miséria do que a morte.
2.
Consideramos que ficaremos famintos
Se suportarmos que continuem nos roubando
Queremos deixar bem claro que são apenas vidraças
Que nos separam deste bom pão que nos falta.
Considerando que os senhores nos ameaçam
Com fuzis e canhões
Nós decidimos, de agora em diante
Temeremos mais a miséria que a morte.
3.
Considerando que existem grandes mansões
Enquanto os senhores nos deixam sem teto
Nós decidimos: agora nelas nos instalaremos
Porque em nossos buracos não temos mais condições de ficar.
Considerando que os senhores nos ameaçam
Com fuzis e canhões
Nós decidimos, de agora em diante
Temeremos mais a miséria do que a morte.
4.
Considerando que está sobrando carvão
Enquanto nós gelamos de frio por falta de carvão
Nós decidimos que vamos toma-lo
Considerando que ele nos aquecerá
Considerando que os senhores nos ameaçam
Com fuzis e canhões
Nós decidimos, de agora em diante
Temeremos mais a miséria do que a morte.
5.
Considerando que para os senhores não é possível
Nos pagarem um salário justo
Tomaremos nós mesmos as fábricas
Considerando que sem os senhores, tudo será melhor para nós.
Considerando que os senhores nos ameaçam
Com fuzis e canhões
Nós decidimos: de agora em diante
Temeremos mais a miséria que a morte.
6.
Considerando que o que o governo nos promete
Está muito longe de nos inspirar confiança
Nós decidimos tomar o poder
Para podermos levar uma vida melhor.
Considerando: vocês escutam os canhões
Outra linguagem não conseguem compreender
Deveremos então, sim, isso valerá a pena
Apontar os canhões contra os senhores!
O poeta e dramaturgo comunista Bertolt Brecht (10 de fevereiro de 1898 – 14 de agosto de 1956) renovou o teatro e a poesia exprimindo sentimentos revolucionários sob uma forma igualmente revolucionária, adequada a seu tempo e às suas contradições.
Militante comunista, foi combatente antinazista da linha de frente, engajando sua arte na luta pela democracia, pelo socialismo, contra o fascismo e o nazismo. Ligou a crítica ao nazismo ao combate contra a repressão característica do tempo de reação burguesa, da qual o bestial massacre da Comuna de Paris foi um marco.
A arte, propunha ele, precisa estar a serviço da luta operária, do progresso social e dos mais altos sentimentos de humanidade e solidariedade. É um instrumento, nesse sentido, de combate à alienação e ferramenta para despertar e consolidar a consciência de classe. Os dias da Comuna é um dos melhores exemplos da clareza e determinação que ilumina os escritos de Brecht.
O Capitalismo
O capitalismo é um modo de produção fundado na divisão da sociedade em duas classes essenciais: a dos proprietários dos meios de produção (terra, matérias-primas, máquinas e instrumentos de trabalho) - sejam eles indivíduos ou sociedades - que compram a força de trabalho para fazer funcionar as suas empresas; a dos proletários, que são obrigados a vender a sua força de trabalho, porque eles não têm acesso directo aos meios de produção ou de subsistência, nem o capital que lhes permita trabalhar por sua própria conta.
O capitalismo não existe em lugar nenhum em estado puro. Ao lado dessas duas classes fundamentais vivem outras classes sociais. Nos países capitalistas industrializados, encontra-se a classe dos proprietários individuais de meios de produção e troca, que não exploram ou quase, mão-de-obra: pequenos artesãos, pequenos camponeses, pequenos comerciantes. Nos países do Terceiro Mundo, encontramos muitas vezes ainda proprietários fundiários semi-feudais, cujos rendimentos não provém da compra da força de trabalho, mas de formas mais primitivas de apropriação do sobre-trabalho, como a corveia ou a renda em espécie. Trata-se aí, porém, de classes que representam resquícios das sociedades pré-capitalistas, e não classes típicas do próprio capitalismo.
O capitalismo não pode sobreviver e desenvolver-se senão quando estão reunidas as duas características fundamentais que acabámos de indicar: o monopólio de meios de produção em proveito de uma classe de proprietários privados; existência de uma classe separada dos meios de subsistência e de recursos que lhe permitam viver de outro modo que não pela venda da sua força de trabalho. O modo de produção capitalista reproduz constantemente as condições da sua própria existência.
A repartição do "valor acrescentado", do rendimento nacional, faz surgir, por um lado, uma acumulação de capitais (entre as mãos das empresas) que permite transformar em propriedade privada o essencial dos meios de produção e de troca recém-criados. Esta mesma repartição do rendimento nacional condena, por outro lado, a massa dos assalariados a só ganhar o que eles consomem, mesmo quando o seu nível de vida e de consumo sobem progressivamente; ela não lhes permite se transformarem em capitalistas, isto é em indivíduos trabalhando por sua própria conta.
Duas séries estatísticas universais confirmam a justeza desta tese. Em todos os países capitalistas, a parte da população activa obrigada a vender a sua força de trabalho não pára de aumentar; a parte desta população activa que constituem os "independentes" e suas "ajudas familiares" não cessa de diminuir. A repartição da fortuna privada faz surgir uma enorme concentração: a metade ou mais da fortuna mobiliária é geralmente detida por 1, 2, 3% das famílias, ou ainda por uma fracção mais reduzida da população.
Quando essas condições de existência do modo de produção capitalista são inexistentes à partida, ou existem parcialmente, o capitalismo não pode desenvolver-se senão criando-as artificialmente, pela força. Assim, em numerosos países do Terceiro Mundo, a penetração capitalista foi travada pela existência de abundantes reservas de terras, que permitiram à massa das populações indígenas sobreviver entregando-se à agricultura nas terras sem proprietário. Para transformar essas populações em proletários, era preciso suprimir o acesso livre a essas terras, quer dizer transformar estas em propriedade privada. Durante o último quarto do século 19, esse processo generalizou-se na América do Norte e em vastas zonas de África.
O modo de produção capitalista é essencialmente uma forma de economia de mercado. Ele constitui o único exemplo histórico de uma economia de mercado generalizada. Todos os elementos da vida económica tornam-se mercadorias: não somente a terra (que não existia de forma nenhuma em regime feudal típico), os instrumentos de trabalho, as máquinas, o capital-dinheiro, mas também a própria força de trabalho. Nas origens do capitalismo, há precisamente esta generalização da produção e da circulação de mercadorias na sociedade. As concentrações do capitalismo, que o levarão a desaparecer, provêm todas, em última análise, das concentrações inerentes à própria produção mercantil.
Ernest Mandel - 1981
VOCÊ SABE O QUE É PELEGUISMO ?
Originalmente, o termo "pelego" significa um tipo de manta feita de pele de carneiro utilizada ao arriar um animal. A manta é colocada no lombo de uma montaria, sobre a qual se põe a sela. O pelego, nesse caso, tem a função de amenizar o atrito da sela no dorso do animal, diminuindo o seu desconforto e evitando possíveis ferimentos provocados em longas cavalgadas.
No meio sindical o termo pelego usado para designar indivíduos que se infiltram nos sindicatos, assumem cargos de diretoria e fazem o execrável papel de duplo agente: aparentemente defendem a categoria à qual pertencem; por outro lado, "na moita", trabalham em defesa dos interesses dos patrões ou de administradores públicos, sempre em troca de alguns privilégios, cargos, favores ou mesmo são pagos em dinheiro para "pelegar".
No meio sindical o termo pelego usado para designar indivíduos que se infiltram nos sindicatos, assumem cargos de diretoria e fazem o execrável papel de duplo agente: aparentemente defendem a categoria à qual pertencem; por outro lado, "na moita", trabalham em defesa dos interesses dos patrões ou de administradores públicos, sempre em troca de alguns privilégios, cargos, favores ou mesmo são pagos em dinheiro para "pelegar".
A ação nefasta do pelego nos sindicatos se dá pela omissão no trabalho de conscientização e organização dos trabalhadores, não motiva os trabalhadores na luta pelos seus direitos e melhorias. Evita o “atrito” entre patrão e empregado. Na mesa de negociações, com o patrão, o pelego é complacente, tende a aceitar a primeira contraproposta e, procura a convencer os trabalhadores a aceitar. Gostam de praticar o assistencialismo. Infelizmente essa praga, pelegos, se alastrou para todos seguimentos da sociedade.
O pelego é, portanto, uma figura abominável. São vendilhões, traidores da classe trabalhadora. Além do indivíduo que faz conscientemente o desprezível papel de pelego, existem casos em que alguém pode estar "pelegando", por falta de experiência e/ou consciência, sem se dar conta do alcance moral sobre aquilo que está praticando. Seria ele uma espécie de "inocente útil".
Referindo-se à pelegada, o Barão de Itararé, precursor do humorismo no Brasil, afirmou: "O homem que se vende sempre recebe mais do que vale".
Fonte: NOVA eReferindo-se à pelegada, o Barão de Itararé, precursor do humorismo no Brasil, afirmou: "O homem que se vende sempre recebe mais do que vale".
Observação: qualquer semelhança com a prática de algum "sindicalista" da região, é mera coicidência.
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TESTE SEU GRAU DE PELEGUISMO
1) Você acredita que a humanidade está irremediavelmente perdida e que todo político é corrupto?
SIM - NÃO
2) Você costuma dizer que, se estivesse no lugar de determinado corrupto, exercendo o seu cargo e funções, agiria da mesma maneira que o canalha?
SIM - NÃO
3) Você acredita que os indígenas brasileiros, na época da colonização, não se deixavam escravizar porque eram preguiçosos?
SIM - NÃO
4) Em sua opinião, alguns atos de corrupção se justificariam devido à pressão que alguns corruptos fazem sobre seus companheiros de trabalho, e, por isso, pessoas honestas seriam obrigadas a participar de maracutaias e a receber propinas, do contrário sofreriam perseguições?
1) Você acredita que a humanidade está irremediavelmente perdida e que todo político é corrupto?
SIM - NÃO
2) Você costuma dizer que, se estivesse no lugar de determinado corrupto, exercendo o seu cargo e funções, agiria da mesma maneira que o canalha?
SIM - NÃO
3) Você acredita que os indígenas brasileiros, na época da colonização, não se deixavam escravizar porque eram preguiçosos?
SIM - NÃO
4) Em sua opinião, alguns atos de corrupção se justificariam devido à pressão que alguns corruptos fazem sobre seus companheiros de trabalho, e, por isso, pessoas honestas seriam obrigadas a participar de maracutaias e a receber propinas, do contrário sofreriam perseguições?
SIM - NÃO
5) Quando um descuidista toma o aparelho celular de alguém, você diz que ocorreu um ROUBO e, quando um corrupto mete a mão em milhões de reais do erário, você considera que, neste caso, houve apenas DESVIO de verbas públicas?
SIM - NÃO
Confira o resultado do teste.
a) Se você respondeu SIM a apenas 1 ou 2 duas perguntas, não se desespere, pois provavelmente está apenas inclinado a exercer o peleguismo de forma inconsciente, apresenta sintomas da doença, porém se trata de um caso possível de ser curado.
b) Caso tenha respondido SIM a 3 ou 4 questões, alerta total!, pois você está em estado avançado da doença e precisa, urgentemente, se consultar com o Psiquiatra de Caruaru. Provavelmente ele recomendará que, para o bem da classe trabalhadora, você se mantenha distante de sindicatos.
c) Se respondeu SIM a todas as perguntas, então, você não tem mais jeito, é um caso perdido e, caso já exerça algum cargo público de "confiança", certamente a Polícia Federal está de olho em você, pelegão!
Publicado originalmente em http://sergioscampos.blogspot. com
5) Quando um descuidista toma o aparelho celular de alguém, você diz que ocorreu um ROUBO e, quando um corrupto mete a mão em milhões de reais do erário, você considera que, neste caso, houve apenas DESVIO de verbas públicas?
SIM - NÃO
Confira o resultado do teste.
a) Se você respondeu SIM a apenas 1 ou 2 duas perguntas, não se desespere, pois provavelmente está apenas inclinado a exercer o peleguismo de forma inconsciente, apresenta sintomas da doença, porém se trata de um caso possível de ser curado.
b) Caso tenha respondido SIM a 3 ou 4 questões, alerta total!, pois você está em estado avançado da doença e precisa, urgentemente, se consultar com o Psiquiatra de Caruaru. Provavelmente ele recomendará que, para o bem da classe trabalhadora, você se mantenha distante de sindicatos.
c) Se respondeu SIM a todas as perguntas, então, você não tem mais jeito, é um caso perdido e, caso já exerça algum cargo público de "confiança", certamente a Polícia Federal está de olho em você, pelegão!
Publicado originalmente em http://sergioscampos.blogspot.
OS SEM NADA
João Rocha
Com freqüência, somos informados pelos meios de comunicação que em algum lugar do nosso planeta, um país foi atingido por terremoto, ou guerra, ou furacão, deixando um rastro de destruição, fome, miséria e sofrimento para todo um povo. No Brasil, felizmente, não ocorrem esses fenômenos, salvo algumas enchentes nos últimos anos,
O Brasil, é um país privilegiado, com terras férteis, água em abundância, minérios, banhado pelo mar e, recentemente a descoberta de grandes jazidas de petróleo, É isento das dos desastres naturais. Porém, ao longo da história, nosso país foi governado por representantes de uma elite perversa e teve uma casta de políticos e governantes, na sua maioria com uma prática nefasta, imediatista, sem vocação de investir em nossos potenciais e subservienteso imperialismo.
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Inconseqüentes, com os interesses voltados, para as oligarquias, latifúndios e os donos do capital. Levaram o país à beira do abismo: a dívida externa, a estagnação econômica e, conseqüentemente o empobrecimento da maioria do nosso povo, levando-o à condição de párias da sociedade, ao desespero e ao desalento. Sem terra, sem teto, sem emprego, sem saúde, sem instrução, sem segurança, sem comida, sem perspectiva, sem esperança. Sem nada. Nesse contexto que surgiu oCara. Em Caetés, no agreste pernambucano, uma das regiões mais empobrecidas do Brasil
Com todo respeito, Companheiro Presidente, permita-me, também, chamá-lo de: o Cara. .
Chegou a São Paulo, dentre outras atividades trabalhou de engraxate e torneiro mecânico. Tornou dirigente da sua categoria. Travou inúmeras batalhas na busca de melhores condições de vida aos metalúrgicos. Lembro-me de uma frase numa reunião, na fase de constituição do PT, justificando a fundação do partido: “não adianta a gente fazer greve, brigar por reajuste de salário se no fim do mês a inflação come tudo. É preciso mudar a política econômica”.
O metalúrgico chegou a Presidência da República, desacreditado, descriminado e ridicularizado pelas elites e os reacionários. Hoje, trinta anos passados, o PT é o maior partido da América Latina, o Torneiro Mecânico é o presidente do Brasil, com maior aprovação da história. Respeitado no mundo inteiro. Os salários são reajustados com ganhos reais, a inflação está controlada. Cerca de trinta milhões de brasileiros saíram da condição de sem nada.
João Rocha
Metalúrgico aposentado
Foi um dos fundadores do PT
Membro do DM-PT Caraguatatuba-SP
Membro da Coord. Reg. PT Vale do Paraíba
Caraguatatuba - SP
Semana Chico Mendes – Rio Branco – AC. - 2009 Painel na Biblioteca da Floresta
Cartas do Acre
Em dezembro de cada ano, do dia 15 a 22, é comemorado em todo Acre a Semana Chico Mendes. Pois, o Chico nasceu num dia 15 de dezembro e foi assassinado no dia 22 de dezembro de 1988.
Tive a oportunidade de conhecer esse importante personagem da história do Acre. Como já comentei em outras oportunidades o Chico ficou hospedado em minha casa em 1980, quando ele foi proferir palestras em Campinas.
Após retornar para o Acre mantivemos correspondência por alguns anos. Tenho em meu arquivo as cartas enviada pelo Chico. Estou anexando abaixo a cópia de uma das cartas.
Xapuri - Acre - 17/08/1980
Companheiro João Rocha Depois de muitos dias agitadíssimos que envolvem todos trabalhadores, agora reina um pouquinho de calma, contudo não esquecemos que as coisas poderão esquentar a qualquer momento. O avanço dos trabalhadores continua, mas hoje eu vou aproveitar a tarde para descansar um pouco, pois estou com 60 dias sem direito para descansar pelo menos uma hora. Tive contato com mais de 5.000 trabalhadores, acho que agora mereço pelo menos 4 horas de descanso.
Aproveito para te escrever estas poucas linhas e te enviar o meu último pronunciamento, desta semana. Muito moderado, mas eu aqui, sozinho, tenho que ser muito vivo, porque do contrário o pessoal acaba comigo. Meu trabalho é sempre mais nas bases.
Um abração do amigo
Chico Mendes.
Na carta acima acredito que podemos tirar algumas lições:
Permitam-me fazer alguns comentários sobre quatro colocações da carta:
1. “hoje eu vou aproveitar a tarde para descansar um pouco, pois estou com 60 dias sem direito para descansar”
A luta é incansável precisamos nos doar naquilo que for possível. Não basta só o discurso é preciso arregaçar as mangas e intervir na realidade.
2. “Tive contato com mais de 5.000 trabalhadores”
É preciso acreditar nos trabalhadores. Buscar a sua conscientização e organização. Pois, em minha opinião, a solução dos problemas que afligem os trabalhadores, quer no mundo do trabalho, ou no local de moradia, estão com os próprios trabalhadores.
3. “Muito moderado, mas eu aqui, sozinho, tenho que ser muito vivo, porque do contrário o pessoal acaba comigo
É preciso ter estratégia, saber a hora de avançar e recuar, para que se possa dar continuidade ao trabalho. Não é se acovardar nem ser omisso. Lênin dizia: “às vezes é preciso dar um passo a frente e dois passos atrás. “
I. . Meu trabalho é sempre mais nas bases.”
Não podemos priorizar a liderança do parlamento em detrimento ao trabalho de base.
A luta do Chico não foi em vão. O tiro que quis silenciar a sua voz ecoou em todo o mundo. Hoje, podemos dizer que os seringueiros foram vitoriosos.
Em dezembro 2009, estive no Acre, participei da Semana Chico Mendes, fui muito bem recebido pelos familiares e antigos companheiros do Chico Mendes. Visitei na casa de dois seringueiros e pude constatar as conquistas alcançadas.
Na banca de jornal, vi a capa de duas revistas sobre a morte do Saulo, da novela da Globo. Outros personagens foram notícias nos meios de comunicação, passaram para a história e estão na memória de muitos brasileiros: Salomão Ayala e Odete Hoitman.
Tem muita gente preocupadas quem matou quem na novela, porém muitos não sabem que foi e quem matou Chico Mendes, notadamente os jovens.
Na banca de jornal, vi a capa de duas revistas sobre a morte do Saulo, da novela da Globo. Outros personagens foram notícias nos meios de comunicação, passaram para a história e estão na memória de muitos brasileiros: Salomão Ayala e Odete Hoitman.
Tem muita gente preocupadas quem matou quem na novela, porém muitos não sabem que foi e quem matou Chico Mendes, notadamente os jovens.
As cartas do Chico, causaram uma certa repercussão no Acre, Amazônia e Rondônia.
Caso queira ler as demais cartas do Chico, digite na busca do Google : Cartas de Chico Mendes a João Rocha
Um abraço
João Rocha
Caraguatatuba – SP.
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Lixo, Entulhos e Bagulhos.
João Rocha*
Com, a globalização, os avanços da tecnologia foram surgindo os mais variados tipos de embalagens e um aumento gradativo dos descartes. As empresas têm seus canais de distribuição eficientes e eficazes, cientificamente planejados, mas, não se preocupam com a Logística Reversa. Portanto, as cidades passaram a ter problemas com o lixo entulhos e bagulhos.
A consciência da população não acompanhou essa evolução. As administrações não criaram programas de Educação Ambiental eficazes, monitoramento dos resíduos sólidos descartados, para darem respostas as novas demandas. Portanto, é comum vermos, vermos resíduos descartados de forma inadequada, nas beiras dos rios, nas encostas dos morros, nas margens das estradas, terrenos baldios, ruas, avenidas etc.
Os Resíduos Sólidos Urbanos descartados de forma inadequada comprometem o visual da cidade, provocam entupimentos de bocas de lobo e galerias, agravando os efeitos das fortes chuvas. Quando descartados em terrenos baldios, embalagens com restos de alimentos facilitam a proliferação de vetores que se tornam uma ameaça à saúde, ou quando limpos podem reter água da chuva e se tornarem criadouros do mosquito da Dengue.
Ocorre que, em tonelagem, segundo estatísticas, em média, 35 % dos Resíduos Sólidos Urbanos gerados numa cidade são recicláveis, e correspondem a 70 % do volume total. Os resíduos orgânicos, que também são recicláveis, são os mais pesados. Por exemplo, uma laranja espremida ou a casca de uma banana pesa igual ou mais que uma garrafa Pet grande.
As cidades do Litoral Norte gastam, em média, 20 milhões de reais por ano na coleta e exportação dos resíduos sólidos, para cidades do Vale do Paraíba. É uma sangria nos cofres das cidades, despesa que poderia ser reduzida e o dinheiro ser aplicado em projetos para a melhoria da qualidade de vida da população.Para tanto, será necessário a vontade política das administrações, a parceria com as empresas, a população e a Sociedade Civil Organizada.
Cidades, onde o problema dos resíduos é menor e menos dispendioso estão muito mais organizadas que as cidades do Litoral Norte, por exemplo: Guaratinguetá, Assis, Sorocaba e outras. Estão surgindo propostas com pretensão de amenizar o problema. O debate tem que ser amplo, para que ao tentar resolver um problema não gere outro. Por exemplo: emissão de gases tóxicos na incineração.
Está tecnicamente comprovado que a Coleta Seletiva dos Resíduos Sólidos Recicláveis contribui para a o aumento da vida útil dos aterros, poupa as jazidas, economiza energia, gera emprego e outros benefícios, portanto, há um retorno dos custos da implantação da Coleta Seletiva.
Nas últimas eleições para prefeito e vereadores acompanhei os debates dos candidatos a prefeito de várias cidades. Lamentavelmente, notei que nas questões levantadas por eleitores, jornalistas e debatedores, não foram abordadas questões sobre Meio Ambiente: Saneamento Básico e Saneamento Ambiental.
Hoje, não basta termos uma coleta eficiente dos resíduos urbanos. É preciso dar destino adequado aos mesmos.
João Rocha
É Graduado em Administração
Com extensão em Avaliação
do Meio Ambiente e Cooperativismo.
É profissional na Gestão de Resíduos
Urbanos.
COMO FHC E SERRA VENDERAM O BRASIL
O Sr. José Serra do PSDB, tocava o programa de privatização e era o responsável pela vendas das estatais brasileiras, quando foi ministro do planejamento do governo FHC.
Confira na matéria abaixo, da revista Veja de 03/05/1995, o que o Ministro Serra disse:
José Serra aparece batendo o martelo durante o leilão da companhia de eletricidade, a ESCELSA, em 1995.(Revista Veja do dia 29/05/1996) Disse FHC para Serra: "É preciso dizer sempre em todo lugar que esse governo não retarda privatização, não é, e vai vender tudo o que der para vender". “A descoberta dessa mina não altera em nada o processo de
Olhe o vídeo em que o
http://www.youtube.com/watch?v=grbeuBaY9Kk
FHC afirma que o Serra foi o que mais lutou a favor da privatização da Vale: OBS: Como sabemos, a Vale do Rio Doce foi vendida por $
Relação de empresas estatais brasileiras, privatizadas (entregues) pelo do governo neoliberal de FHC e José Serra, junto com governos estaduais da época, principalmente o do ex-governador Geraldo Alckmin:
- AES SUL (CEEE Distribuição) - vendida para a empresa
americana AES;
- BANDEIRANTE Energia - vendida para o grupo Português EDP;
- CELPE - vendida ao grupo espanhol Iberdrola;
- CEMAR - vendida ao grupo americano Ulem Mannagement
Company;
- CESP TIETE - vendida para a empresa americana DUKE;
- CETEEP - vendida para a empresa estatal Colombiana ISA;
- COELBA - vendida ao grupo espanhol Iberdrola;
- CONGÁS - vendida ao grupo britânico British Gas/Shell;
- COSERN - vendida ao grupo espanhol Iberdrola;
- CPFL - vendida para o grupo brasileiro VBC;
- ELEKTRO - vendida para a empresa americana ENRON;
- ELETROPAULO - vendida para a empresa americana AES;
- ESCELSA - vendida ao grupo português GTD Participações,
juntamente com o consorcio de Bancos Iven S.A.
- GERASUL - vendida para empresa Belga Tractebel;
- LIGHT- vendida ao grupo francês e americano EDF/AES;
- RGE - vendida para o grupo brasileiro VBC;
- BAMERINDUS - vendido ao grupo britânico HSBC;
- BANCO BANESPA - vendido ao grupo espanhol Santander;
- BANCO MERIDIONAL - vendido para o Banco Bozano;
- BANCO REAL - vendido ao grupo ABN-AMRO, hoje sob o controle
do grupo Santander;
- BEA (Banco do Amazonas S.A.) - vendido ao Bradesco;
- BEG (Banco de Goiás) - vendido ao Itaú;
- CARAIBA - Mineração Caraíba Ltda
- CIA. VALE do RIO DOCE;
3,2 bilhões de Dólares. Esse valor corresponde ao lucro da empresa em apenas um semestre. Hoje, seu valor no mercado é de $ 196 bilhões de Dólares, ou seja, entregaram de graça um patrimônio público. Quem fez isso não pode ser a favor do Brasil. - PQU (Petroquímica União S.A);
- Empresas de Telecomunicação do grupo TELEBRAS:
EMBRATEL, TELESP, TELEMIG, TELERG, TELEPAR,
TELEGOIÁS, TELEMS, TELEMAT, TELEST, TELEBAHIA,
TELERGIPE, TELECEARÁ, TELEPARÁ, TELPA, TELPE, TELERN,
TELMA, TELERON, TELEAMAPÁ TELAMAZON, TELEPISA,
TELEACRE, TELAIMA, TELEBRASÍLIA, TELASA.
A maioria vendida a grupos internacionais: espanhol, italiano, mexicano e, algumas a um grupo brasileiro. O que foi exposto ilustra claramente qual é a política econômica a ser adotada, caso José Serra seja presidente. Uma política de venda do patrimônio público, sem nenhum pudor.
Se Serra for o próximo presidente poderá bater o martelo para vender o que restou de nossas empresas: Petrobras, BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Furnas, Chesf, Eletronorte, Eletrosul, dentre outras. Ele só precisa de mais quatro anos de governo para concluir o serviço que começou com o governo FHC.
“Estamos fazendo todo o possível para privatizar em alta velocidade”. Assim, conforme mostra Serra bateu o martelo em leilões de privatização. A cada batida de martelo, bilhões do patrimônio público nacional eram retirados da mão do povo brasileiro e entregues a investidores privados. Um crime de lesapátria.
A verdade vai vencer a mentira
A GÊNESE DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
João Rocha*
Ultimamente, temos lido, visto ou ouvido, nos meios de comunicação, a colocação: “Aumento do Consumo das Famílias.” É um termo usado no estudo da Macroeconomia, no Sistema Econômico. É um tanto complexo, com muitas variáveis:- financiamentos, exportações, inflação, PIB, etc.- porém, basicamente é o que segue. "É como uma roda que gira."
As famílias consomem produtos e serviços para suprir as suas necessidades - Que gera a oportunidade de negócio para as empresas produzirem produtos ou serviços para atender o consumo das famílias - Que gera a necessidade de mão de obra para produzir produtos e serviços - Que gera emprego para as famílias - Que gera renda para as famílias que trabalham - Que gera condições para as famílias comprarem os produtos e serviços que consomem – Que gera o retorno do capital para as empresas produzirem produtos e serviços, para atender o consumo das famílias. E o “giro” se repete.
Ocorre que nos últimos cinqüenta anos o modelo econômico implantado no nosso país levou ao empobrecimento milhões de famílias que não tem empregos, não tem salários, não podem consumir produtos ou serviços para suprir suas necessidades, notadamente comida.
No Brasil, até recentemente, 50 milhões de brasileiros não tinham sapatos. Acredito que as famílias que não têm sapatos, provavelmente não têm meias, não tem graxa para engraxar os sapatos ou botinas, não tem roupas o suficiente, não tem casa, não têm móveis, não tem utensílios domésticos, não tem aparelhos eletrônicos, não tem relógios, não tem mais um tanto de coisas que fica difícil enumera-las. Enfim, não consomem. As indústrias deixam de produzir, de gerar empregos e pagar salários. A roda não gira.
Ocorre que a maioria dessas famílias está nas periferias das cidades, vindas da Zona Rural, em busca de melhores condições de vida, porém, desempregadas.
No Brasil, temos cerca de 90 milhões de hectares de terras cultiváveis sem serem exploradas. Se as famílias marginalizadas forem fixadas no campo, através de programas de incentivo ao desenvolvimento agrário, na produção de alimentos e outros, tirarão seu sustento e o excedente será comercializado que gerará renda e terão condições de comprar sapatos, produtos e serviços. Passarão a consumir e farão a “roda girar”. Forçarão o aumento da produção nas indústrias, que gerará empregos. E, não estarão competindo na busca de empregos com as famílias da zona urbana. Haverá maior valorização da mão de obra dos trabalhadores das cidades. Isto já está acontecendo. Várias categorias de trabalhadores estão recebendo reajustes acima da inflação.
Tivemos uma amostragem de que o sistema funciona. Um dos fatores do recente aquecimento da economia e a saída da crise foi o melhor desempenho do Mercado Interno. Pois, com o incentivo à agricultura familiar e, 11 milhões de famílias empobrecidas, abaixo da linha da miséria, recebem a bolsa família e passaram a consumir (principalmente comida), e alguns produtos ou serviços. Houve um aumento da produção nas indústrias de produtos ou serviços, foram gerados mais de 14 milhões de empregos aumentou do PIB – Produto Interno Bruto, em plena crise econômica. Em 2010, as projeções para o PIB são em torno de 7%.
Acredito que você que está lendo este texto conhece e entende a dinâmica da economia. O nosso grande desafio é levar esse entendimento às massas empobrecidas, alienadas, sofridas e conformadas. Com a participação de uma maioria, conseguiremos a Reforma Agrária, levaremos o Brasil ao desenvolvimento de seus potenciais, notadamente a produção de alimentos e bioenergia. E, torná-lo isento das crises cíclicas do capitalismo e realizar a sua vocação:- SER O CELEIRO DO MUNDO.
Não estou “inventando a roda”. A roda sempre esteve ai. Só faltava fazê-la girar.
*João RochaÉ Graduado em Administração
Ultimamente, temos lido, visto ou ouvido, nos meios de comunicação, a colocação: “Aumento do Consumo das Famílias.” É um termo usado no estudo da Macroeconomia, no Sistema Econômico. É um tanto complexo, com muitas variáveis:- financiamentos, exportações, inflação, PIB, etc.- porém, basicamente é o que segue. "É como uma roda que gira."
As famílias consomem produtos e serviços para suprir as suas necessidades - Que gera a oportunidade de negócio para as empresas produzirem produtos ou serviços para atender o consumo das famílias - Que gera a necessidade de mão de obra para produzir produtos e serviços - Que gera emprego para as famílias - Que gera renda para as famílias que trabalham - Que gera condições para as famílias comprarem os produtos e serviços que consomem – Que gera o retorno do capital para as empresas produzirem produtos e serviços, para atender o consumo das famílias. E o “giro” se repete.
Ocorre que nos últimos cinqüenta anos o modelo econômico implantado no nosso país levou ao empobrecimento milhões de famílias que não tem empregos, não tem salários, não podem consumir produtos ou serviços para suprir suas necessidades, notadamente comida.
No Brasil, até recentemente, 50 milhões de brasileiros não tinham sapatos. Acredito que as famílias que não têm sapatos, provavelmente não têm meias, não tem graxa para engraxar os sapatos ou botinas, não tem roupas o suficiente, não tem casa, não têm móveis, não tem utensílios domésticos, não tem aparelhos eletrônicos, não tem relógios, não tem mais um tanto de coisas que fica difícil enumera-las. Enfim, não consomem. As indústrias deixam de produzir, de gerar empregos e pagar salários. A roda não gira.
Ocorre que a maioria dessas famílias está nas periferias das cidades, vindas da Zona Rural, em busca de melhores condições de vida, porém, desempregadas.
No Brasil, temos cerca de 90 milhões de hectares de terras cultiváveis sem serem exploradas. Se as famílias marginalizadas forem fixadas no campo, através de programas de incentivo ao desenvolvimento agrário, na produção de alimentos e outros, tirarão seu sustento e o excedente será comercializado que gerará renda e terão condições de comprar sapatos, produtos e serviços. Passarão a consumir e farão a “roda girar”. Forçarão o aumento da produção nas indústrias, que gerará empregos. E, não estarão competindo na busca de empregos com as famílias da zona urbana. Haverá maior valorização da mão de obra dos trabalhadores das cidades. Isto já está acontecendo. Várias categorias de trabalhadores estão recebendo reajustes acima da inflação.
Tivemos uma amostragem de que o sistema funciona. Um dos fatores do recente aquecimento da economia e a saída da crise foi o melhor desempenho do Mercado Interno. Pois, com o incentivo à agricultura familiar e, 11 milhões de famílias empobrecidas, abaixo da linha da miséria, recebem a bolsa família e passaram a consumir (principalmente comida), e alguns produtos ou serviços. Houve um aumento da produção nas indústrias de produtos ou serviços, foram gerados mais de 14 milhões de empregos aumentou do PIB – Produto Interno Bruto, em plena crise econômica. Em 2010, as projeções para o PIB são em torno de 7%.
Acredito que você que está lendo este texto conhece e entende a dinâmica da economia. O nosso grande desafio é levar esse entendimento às massas empobrecidas, alienadas, sofridas e conformadas. Com a participação de uma maioria, conseguiremos a Reforma Agrária, levaremos o Brasil ao desenvolvimento de seus potenciais, notadamente a produção de alimentos e bioenergia. E, torná-lo isento das crises cíclicas do capitalismo e realizar a sua vocação:- SER O CELEIRO DO MUNDO.
Não estou “inventando a roda”. A roda sempre esteve ai. Só faltava fazê-la girar.
*João RochaÉ Graduado em Administração
Nesta foto, José Serra bate o martelo e vende a companhia de eletricidade LIGHT.
Menbro do DM - PT - Caraguá
e MACRO Região (Coordenação
Regional) PT- Vale do Para´[iba
Caraguatatuba-SPA questão é Democracia
e MACRO Região (Coordenação
Regional) PT- Vale do Para´[iba
Caraguatatuba-SPA questão é Democracia
Social X Neoliberalismo:
Há dois projetos em ação: um é o neoliberal ainda vigente no mundo e no Brasil apesar da derrota de suas principais teses na crise de 2008. Esse nome visa dissimular aos olhos de todos, o caráter altamente depredador do processo de acumulação, concentrador de renda que tem como contrapartida o aumento vertiginoso das injustiças, da exclusão e da fome. José Serra representa esse ideário. O outro projeto é o da democracia social e popular do PT. Sua base social é o povo organizado e todos aqueles que pela vida afora se empenharam por um outro Brasil. Dilma Rousseff se propõe garantir e aprofundar a continuidade deste projeto. É aquí que entra a missão de Marina Silva com seus cerca de vinte milhões de votos.
O artigo é de Leonardo Boff.
O Brasil está ainda em construção. Somos inteiros mas não acabados. Nas bases e nas discussões políticas sempre se suscita a questão: que Brasil finalmente queremos?
O artigo é de Leonardo Boff.
O Brasil está ainda em construção. Somos inteiros mas não acabados. Nas bases e nas discussões políticas sempre se suscita a questão: que Brasil finalmente queremos?
É então que surgem os vários projetos políticos elaborados a partir de forças sociais com seus interesses econômicos e ideológicos com os quais pretendem moldar o Brasil.
Agora, no segundo turno das eleições presidenciais, tais projetos repontam com clareza. É importante o cidadão consciente dar-se conta do que está em jogo para além das palavras e promessas e se colocar criticamente a questão: qual dos projetos atende melhor às urgências das maiorias que sempre foram as “humilhadas e ofendidas” e consideradas “zeros econômicos” pelo pouco que produzem e consomem.
Essas maiorias conseguiram se organizar, criar sua consciência própria, elaborar o seu projeto de Brasil e digamos, sinceramente, chegaram a fazer de alguém de seu meio, Presidente do pais, Luiz Inácio Lula da Silva. Foi uma virada de magnitude histórica.
Há dois projetos em ação: um é o neoliberal ainda vigente no mundo e no Brasil apesar da derrota de suas principais teses na crise econômico-financeira de 2008. Esse nome visa dissimular aos olhos de todos, o caráter altamente depredador do processo de acumulação, concentrador de renda que tem como contrapartida o aumento vertiginoso das injustiças, da exclusão e da fome. Para facilitar a dominação do capital mundializado, procura-se enfraquecer o Estado, flexibilizar as legislações e privatizar os setores rentáveis dos bens públicos.
O Brasil sob o governo de Fernando Henrique Cardoso embarcou alegremente neste barco a ponto de no final de seu mandato quase afundar o Brasil. Para dar certo, ele postulou uma população menor do que aquela existente. Cresceu a multidão dos excluídos. Os pequenos ensaios de inclusão foram apenas ensaios para disfarçar as contradições inocultáveis.
Os portadores deste projeto são aqueles partidos ou coligações, encabeçados pelo PSDB que sempre estiveram no poder com seus fartos benesses. Este projeto prolonga a lógica do colonialismo, do neo colonialismo e do globo colonialismo pois sempre se atém aos ditames dos países centrais.
José Serra, do PSDB, representa esse ideário. Por detrás dele está o agrobusiness, o latifúndio tecnicamente moderno e ideologicamente retrógrado, parte da burguesia financeira e industrial. É o núcleo central do velho Brasil das elites que precisamos vencer pois elas sempre procuram abortar a chance de um Brasil moderno com uma democracia inclusiva.
O outro projeto é o da democracia social e popular do PT. Sua base social é o povo organizado e todos aqueles que pela vida afora se empenharam por um outro Brasil. Este projeto se constrói de baixo para cima e de dentro para fora. Que forjar uma nação autônoma, capaz de democratizar a cidadania, mobilizar a sociedade e o Estado para erradicar, a curto prazo, a fome e a pobreza, garantir um desenvolvimento social includente que diminua as desigualdades. Esse projeto quer um Brasil aberto ao diálogo com todos, visa a integração continental e pratica uma política externa autônoma, fundada no ganha-ganha e não na truculência do mais forte.
Ora, o governo Lula deu corpo a este projeto. Produziu uma inclusão social de mais de 30 milhões e uma diminuição do fosso entre ricos e pobres nunca assistido em nossa história. Representou em termos políticos uma revolução social de cunho popular pois deu novo rumo ao nosso destino. Essa virada deve ser mantida pois faz bem a todos, principalmente às grandes maiorias, pois lhes devolveu a dignidade negada.
Dilma Rousseff se propõe garantir e aprofundar a continuidade deste projeto que deu certo. Muito foi feito, mas muito falta ainda por fazer, pois a chaga social dura já há séculos e sangra.
É aqui que entra a missão de Marina Silva com seus cerca de vinte milhões de votos. Ela mostrou que há uma faceta significativa do eleitorado que quer enriquecer o projeto da democracia social e popular. Esta precisa assumir estrategicamente a questão da natureza, impedir sua devastação pelas monoculturas, ensaiar uma nova benevolência para com a Mãe Terra. Marina em sua campanha lançou esse programa. Seguramente se inclinará para o lado de onde veio, o PT, que ajudou a construir e agora a enriquecer. Cabe ao PT escutar esta voz que vem das ruas e com humildade saber abrir-se ao ambiental proposto por Marina Silva.
Sonhamos com uma democracia social, popular e ecológica que reconcilie ser humano e natureza para garantir um futuro comum feliz para nós e para a humanidade que nos olha cheia de esperança.
(*) Leonardo Boff é teólogo
Fonte: Carta Maior Online - 07/10/10
MobilizaçãoBR
Fonte: Carta Maior Online - 07/10/10
MobilizaçãoBR
contra NENHUMA PRIVATIZAÇÃO
Data: Revista Veja do dia 07/02/1996
Na matéria acima, a revista mostra que o José Serra garante a
privatização da Vale do Rio Doce:
privatização. Só o preço, que poderá ser maior.”
Considero eminentemente pífia a atuação de Serra no Ministério da Saúde; seus genéricos pouco têm a ver com aqueles que planejamos
Como consequência da Guerra das Malvinas, quando a Argentina, por ter abdicado da produção própria de fármacos, ficou desabastecida de medicamentos, o governo militar brasileiro aprovou um programa, por mim proposto, de desenvolvimento dos princípios ativos (fármacos) dos 350 remédios constituintes da farmácia básica nacional.
Estimava-se que, em dez anos, seria possível desenvolver, por engenharia reversa, pelo menos 90% desses produtos.
De fato, em pouco mais de três anos, cerca de 80 processos já haviam sido desenvolvidos e 20 produtos já estavam sendo produzidos e comercializados por empresas brasileiras.
O sucesso inicial desse projeto permitiu que fosse iniciada por mim, nesta Folha, uma campanha de esclarecimento sobre medicamentos genéricos, o que não teria sentido sem a produção própria de fármacos.
Precipitadamente, o governo Itamar Franco tentou lançar a produção de genéricos. O poderoso cartel de multinacionais de medicamentos se insurgiu. Ameaçou-nos de desabastecimento, de verdadeira guerra.
Derrotou e humilhou o Ministério da Saúde. Poucos anos depois, esse cartel não somente cedeu prazerosamente ao ministro José Serra, então na pasta da Saúde, como até fez dele seu "homem do ano".
Seria o costumeiro charme do ministro? Seu sorriso cândido? Senão, qual o mistério?
Como consequência da isenção de impostos de importação para o setor de química fina, da infame lei de patentes e de outras obscenidades perpetradas pela administração FHC, mais de mil unidades de produção no setor de química fina, dentre as quais cerca de 250 relativas a fármacos, foram extintas.
Além do mais, cerca de 400 novos projetos foram interrompidos. Os dados foram extraídos de boletim da Associação Brasileira de Indústria da Química Fina.
Em poucos anos, o deficit da balança de pagamentos para o setor saltou de US$ 400 milhões para US$ 7 bilhões.
Quem acha que, com isso, Serra não merece o título de homem do ano das multinacionais de medicamentos?
Também os "empresários" brasileiros do setor de genéricos têm muito a agradecer ao ex-ministro da Saúde, pelas suas margens de lucro leoninas.
Basta ver os imensos descontos oferecidos por quase todas as farmácias, que com frequência chegam a 50%.
Os genéricos do Serra nada têm a ver com os genéricos que planejamos. E o tão aclamado programa de Aids do Serra?
É compreensível que todos os seres humanos, e talvez também o ministro Serra, tenham se comovido profundamente com a súbita e aterrorizante explosão da Aids.
Que oportunidade sem par para políticos demagógicos! A ONU homenageou o então ministro Serra pelo mais completo e dispendioso programa de apoio aos doentes de Aids de todo o planeta.
Países ricos, com PIB per capita dez vezes maiores que o nosso, ficavam muito aquém do Brasil. Como foi possível?
E por que será que, nesse mesmo período, os recursos orçamentários destinados ao saneamento básico não foram usados?
O então dispendioso tratamento de um único doente de Aids correspondia à supressão de recursos para saneamento básico que salvariam centenas de crianças de doenças endêmicas, com base em uma avaliação preliminar.
Será que Serra desviou recursos do saneamento básico? Mistério! Mas persiste o fato de que, durante a administração Serra na Saúde, os recursos destinados ao saneamento, à época atribuídos a esse ministério, não foram aplicados.
Mesmo sem contar mistérios como aqueles dos "sanguessugas" e da supressão do combate à dengue no Rio, entre outros, considero pífia, eminentemente pífia, a atuação de Serra no Ministério da Saúde. (Fonte: Folha de S. Paulo).
ROGÉRIO CEZAR DE CERQUEIRA LEITE, 79, físico, é professor emérito da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), presidente do Conselho de Administração da ABTLuS (Associação Brasileira de Tecnologia de Luz Síncrotron) e membro do Conselho Editorial da Folha.