terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Dilma chega a Cuba e é destaque de primeira página do Granma


Fonte: www.cartamaior.com.br


Jornal oficial do Partido Comunista de Cuba noticia presença de Dilma Rousseff na ilha para encontro com Raúl Castro e traz biografia dela. Presidenta chega a Havana sem dar declarações, para agenda nesta terça (31). Trajeto aeroporto-hotel é repleto de propaganda nacionalista e ideológica, característica do regime.

Havana – A visita oficial da presidenta Dilma Rousseff a Cuba foi destaque na primeira página da edição desta segunda-feira (30) do jornal Granma, órgão oficial do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba. Referindo-se a ela como “presidenta”, no feminino, como Dilma quer ser chamada mas não costuma sê-lo pela imprensa brasileira, o Granma noticiou o encontro que a presidenta terá com o “General de Exército Raúl Castro Ruz”, líder do governo cubano. 

Numa página interna, traz a biografia de Dilma, com registro para a participação dela no combate à ditadura militar, os três anos em que esteve presa - sem menção a torturas - e os cargos que ocupou na prefeitura de Porto Alegre, no governo gaúcho e na gestão Lula, até ser eleita a primeira mulher presidenta do Brasil.

Dilma chegou por volta das 17h desta segunda-feira (30) a Havana, cidade que está três horas atrás do fuso oficial brasileiro (hora de Brasília). Ela pousou no aeroporto internacional que leva o nome de um grandes heróis da independência cubana, José Martí, cujo memorial Dilma visitará nesta terça-feira (31), no primeiro compromisso oficial em Cuba.

Do aeroporto até o hotel em que está hospedada com ministros e assessores, a presidenta viu pelo caminho uma série de demonstrações do nacionalismo e da propaganda ideológica que caracterizam o regime castrista, que entra no ano 54. 

Próximo à saída do aeroporto, um outdoor traz uma mensagem de Raúl Castro sobre a crise econômica global: “Ante a crise econômica capitalista, não temos outra opção que não nos unirmos para enfrentá-la”.

Mais à frente, um outro outdoor diz que “as ideias são essenciais nas lutas da humanidade”, como a anunciar o jorro de ideias que se verá no caminho até a região central de Havana. “Tudo pela revolução”, diz um cartaz, apontando “estudo, trabalho e fuzil” como instrumentos do seria o “tudo”. “Pela sua pátria, devem trabalhar todos os homens”, diz um cartaz a reproduzir uma frase de José Martí. “Mulheres unidas pela pátria”, afirma um outro outdoor.

O histórico inimigo norte-americano também é alvejado durante o trajeto pelo qual se veem casas coloridas e pequenas, geralmente de dois andares, estudantes voltando para a casa com mochilas às costas, trabalhadores a esperar por ônibus antigos, como em geral é a frota automobilística cubana.

“Liberdade não se pode bloquear. Aqui não há medo”, diz um velho cartaz, a pregar contra o “plano Bush”, presumivelmente uma referência aos ataques norte-americanos no Iraque e no Afeganistão. 

“Cinco heróis prisioneiros do império voltarão”, lê-se na parede de um restaurante, aludindo aos cubanos presos e condenados nos EUA por ajudarem a impedir ataques terroristas contra Cuba, mas que para os norte-americanos estavam espionando e preparando atentados.

A história dos “cinco heróis” está contada em português num livro lançado em 2011 pelo escritor Fernando Morais, amigo da revolução cubana. O livro será publicado ainda este ano em Cuba, nos EUA e em alguns outros países para, de acordo com o escritor, contar às pessoas “essa indecência”.

O hotel de Dilma fica próximo à embaixada americana em Havana, e os cubanos também dedicam “homenagens” à repartição diplomática do “inimigo”. Em frente ao prédio, há dezenas de mastros nos quais tremulam bandeiras cubanas.

Na chegada ao hotel, Dilma cumprimentou os jornalistas brasileiros que a esperavam no saguão, mas não deu entrevistas. Estava acompanhada dos ministros Antonio Patriota (Relações Exteriores), Fernando Pimentel (Desenvolvimento) e Alexandre Padilha (Saúde) e pelo assessor de assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia.

A ida da presidenta a Cuba neste momento faz parte de um plano dela de se aproximar um pouco da esquerda, segundo Carta Maior apurou. Não por acaso, a viagem foi incluída praticamente na sequência da ida dela ao Fórum Social Mundial.

No Fórum, Dilma teve uma reunião como movimentos sociais sobre a Rio+20 que, na verdade, serviu para distensionar um pouco o clima dela com aquelas entidades, ainda hoje saudosas da era Lula, quando tinham mais acesso aos ouvidos presidenciais para externas seus pontos de vista.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

PSDB adere ao programa "Minha Casa, Minha Vida" em SP




Que o PSDB sempre tentou boicotar os programas do governo federal, no estado de São Paulo e nas cidades governadas pelos tucanos, não é novidade para ninguém. Quando recebem recursos ou aderem aos programas boicotam a origem, para não dar crédito, pois se trata do governo do PT.

No dia 12 de janeiro, a Presidenta Dilma Rousseff esteve em São Paulo para a cerimônia de assinatura para a construção de 100 mil casas do programa “Minha Casa, Minha Vida”. Depois de passar quase dois anos sabotando em terras paulistas o projeto, o governo estadual tucano desistiu de apostar no fracasso do programa e aderiu a ele. Caso José Serra em 2010, Alckmin em 2011 tivessem aderido, hoje teríamos milhares de famílias habitando novos lares e outro lote de 100 mil casas poderiam estar em curso.

A política habitacional de fato não é o forte do PSDB. Em Sorocaba na administração Renato Amary o que não se viu foi construção de casas populares. O seu sucessor também não priorizou a habitação, iniciativas tímidas foram tomadas para diminuir o déficit habitacional de Sorocaba. Olha que estamos falando de dezesseis anos de administração do PSDB, é muito pouco por muito tempo governando uma cidade tão importante e necessitada por moradias. Sorocaba precisa de uma política habitacional arrojada para dar conta da demanda. Não podemos esperar mais!
                                                                                       
José Carlos Triniti Fernandes – Presidente do PT de Sorocaba

BARACK OBAMA: “BRASIL É O PAÍS”




Antes ele já havia dito, em um encontro internacional, o presidente Lula era “o cara”. Agora com seu gesto reparador, Obama parece dizer que a gigantesca sexta economia do mundo, esse Brasil que é um grande parceiro comercial dos Estados Unidos, é, também, “o país”.


O presidente Barack Obama anunciou que turistas brasileiros terão mais facilidades para conseguir vistos em suas viagens aos Estados Unidos. Há vários comentários a serem feitos sobre a atitude do chefe de Estado norte-americano, além daquele inevitável: já chega tarde essa medida que repara (ao menos em parte) uma discriminação odiosa e inaceitável. As longas filas de espera na Embaixada e nos consulados norte-americanos pelo Brasil afora em nada contribuem para o aprimoramento dos laços que unem os nossos países.

Não faz muito tempo – algo como uma década, se muito – e o chanceler do governo de Fernando Henrique Cardoso, esquecendo-se de que representava um país de lindíssima história e um povo excepcional, que chefiava (se é que chefiava…) uma das melhores diplomacias do mundo, cedeu à carranca de um guarda aduaneiro qualquer do aeroporto de Washington e, candidamente, retirou os seus mocassins italianos e, descalço como a nossa inimitável diva baiana Maria Bethânia nos palcos do Brasil e do mundo, submeteu-se à revista de corpo inteiro.

No gesto sabujo de Celso Lafer, que ainda hoje nos cobre de opróbrio e revolta, o retrato pronto e acabado de um Brasil derrotado, falido, humilhado e sem qualquer credibilidade internacional. Se não éramos uma republiqueta bananeira, estávamos longe do que hoje somos. Éramos o Brasil de três quebradeiras seguidas, de idas frequentes aos guichês do FMI e aos caixas dos bancos credores, éramos o Brasil de FHC, do PSDB, do DEM e de seus aliados.

Depois de um processo de soerguimento interno – onde o Brasil olhou para os que sofriam e passavam fome, abriu as portas das universidades para os filhos do povo, valorizou seus empresários e agricultores, dinamizou sua indústria e promoveu a maior mobilidade social de que se tem notícia na história recente, com a migração de 40 milhões de cidadãos da pobreza para a classe média – recuperamos tanto nossa autoestima quanto a credibilidade internacional. E o mundo passou a nos olhar com olhos de necessário respeito e sincera admiração. Foi obra dos governos de Lula e de Dilma, mas foi, sobretudo, fruto do talento e do esforço impressionantes de todo o povo brasileiro.

Vários foram os fatos que antecederam o anúncio de Obama, mas que já ressaltavam esse novo olhar mundial sobre o Brasil forte, soberano, altivo, rico e cheio de futuro que surgiu dos governos revolucionários de Lula e que se aprimora na gestão eficiente e austera de Dilma, a primeira brasileira a chegar ao Palácio do Planalto. Mas duas nos marcaram imensamente pelo apelo popular e pelo sentido de reparação:



· A escolha do Brasil para a realização da Copa em 2014, fato inédito em nosso país, situando-nos no centro das atenções mundiais

· O anúncio de que as Olimpíadas de 2016 serão realizadas no Rio de Janeiro, fazendo justiça à uma das mais belas cidades do mundo

Além desses fatos, não deixamos de registrar conquistas, avanços e vitórias.

Ainda agora se anuncia que, no segundo governo do presidente Lula e no primeiro ano do governo da presidenta Dilma Rousseff, os investimentos estrangeiros no Brasil quadruplicaram: US$ 163 bi para US$ 660 bilhões. E todos nós sabemos que os capitalistas (sejam eles governos estrangeiros, fundos de investidores, industriais ou banqueiros, tanto faz) não se movem por instintos de solidariedade humana ou simpatia pessoal, mas por viabilidade nos negócios ou possibilidade de lucros. E que não investem em países que não tem futuro ou não são bem governados. Esses são os que, na década infame dos tucanos, nos anos 90, quando FHC e sua turma entregavam o patrimônio público a preço vil e quebravam o país, evitavam o Brasil como o demônio foge da cruz. Hoje enxergam no Brasil a verdadeira terra da promissão, um país decente e bem administrado, com regras cl aras, moeda estável e mercado forte, produzindo, consumindo e exportando, tudo exatamente como deve ser. E, por isso, investem a cada dia mais no Brasil que Lula, Dilma, o PT e os brasileiros estão construindo. Pois que sejam bem-vindos!

Barack Obama com um anúncio singelo, mas necessário, não só reconhece o burocrático e duro tratamento que sua Embaixada e seus consulados no Brasil estavam dando aos potenciais turistas que desejam visitar os Estados Unidos. Certamente o Brasil irá atuar de forma recíproca e, também, facilitar a vinda de cidadãos norte-americanos aos Brasil, determinando ao nosso serviço diplomático menos rigor nas exigências consulares.

Nossos adversários políticos e grande parte da imprensa não vão reconhecer, de forma alguma, mas é importante saber que a decisão do presidente dos Estados Unidos é da maior importância e, seguramente, nela está presente a importância crescente do Brasil e dos brasileiros.

Antes ele já havia dito, em um encontro internacional, o presidente Lula era “o cara”. Agora com seu gesto reparador, Obama parece dizer que a gigantesca sexta economia do mundo, esse Brasil que é um grande parceiro comercial dos Estados Unidos, é, também, “o país”.


* Delúbio Soares é professor

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

FST 2012: “Necessitamos de um novo paradigma de desenvolvimento no mundo”, diz Rui Falcão


Fonte: www.pt.org.br

Confira a íntegra do discurso do presidente nacional do PT durante seminário no Fórum Social Temático, em Porto Alegre.


Intervenção do presidente do PT, Rui Falcão, no seminário Experiências governamentais de sustentabilidade sócio-ambiental, promovida pela Fundação Perseu Abramo, no dia 25/1, dentro da programação do Fórum Social Temático 2012 em Porto Alegre:
“É com satisfação que participamos desta mesa no Fórum Social Temático de Porto Alegre, que se realiza onze anos depois da primeira e memorável sessão do Fórum Social Mundial em 2001. O Fórum foi um marco nos debates e na resistência internacional ao neoliberalismo e ao pensamento único que esta posição ideológica encerra.
Guardadas as proporções, o debate que fazemos hoje é também herdeiro de um evento relevante, ocorrido há  20 anos no Rio de Janeiro:  a “Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento”, mais conhecida como a “Eco 92”.
O conteúdo das resoluções daquele evento despertou grande interesse na opinião pública quanto ao destino do planeta e à sustentabilidade do desenvolvimento econômico do presente sem prejudicar os direitos ao desenvolvimento das futuras gerações. Houve uma representativa presença do movimento social e de organizações não governamentais de todo o mundo, no Aterro do Flamengo, naquele mês de junho de 1992. As organizações sociais brasileiras estavam lá, assim como nossos sindicatos, a CUT, nossas ONGs ambientalistas e outras, bem como nossa militância petista. Todos trabalhando para que as resoluções superassem os interesses mesquinhos das grandes corporações multinacionais e das grandes potências, a fim de assegurar um mundo melhor para todos.
As resoluções da “Eco 92” de fato foram importantes e até hoje influenciam os debates sobre desenvolvimento socialmente e ambientalmente sustentável por meio dos 27 princípios aprovados no Rio de Janeiro; das Convenções sobre Biodiversidade, Desertificação e Mudanças Climáticas; dos 2.500 itens da Agenda 21 e a “Carta da Terra”. Ao mencionar estas resoluções, aproveito para parabenizar o companheiro Braulio Ferreira Dias, do Ministério do Meio Ambiente, pela sua nomeação, semana passada, como Secretário Executivo da Convenção da Biodiversidade da ONU.
No entanto, a primeira avaliação internacional realizada institucionalmente na Conferência de Johanesburgo – “Rio + 10” sobre as expectativas geradas em 1992 comprovou como é difícil transformar boas resoluções internacionais em medidas concretas, apesar da importante aprovação do Protocolo de Kyoto em 1997 para reduzir as emissões de gases do “efeito estufa” na atmosfera, sobretudo o dióxido de carbono.
Durante este período, o capitalismo neoliberal atingiu seu apogeu, promovendo a mais radical desregulação financeira, comercial e de investimentos da história, cuja repercussão está na base da crise de 2008 e de seu espraiamento na conjuntura internacional de hoje.
A Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, Rio + 20, a se realizar em junho próximo, será um momento político crucial para contrapor o modelo neoliberal, necessariamente predador, continuamente expansionista, concentrador e gerador de crises, ao modelo democrático e popular que defendemos. Será uma oportunidade de demonstrar—em articulação com movimentos, entidades, partidos políticos e governos progressistas—a superioridade do desenvolvimento sustentável. Que cada um tenha autonomia de escolher a fórmula que deseja aplicar: o importante é que tenha como paradigma o desenvolvimento sustentável, tanto do ponto de vista ambiental, como social, econômico, cultural, com a erradicação da pobreza, redução das desigualdades, distribuição de renda e aprofundamento da democracia.
É esta nossa aposta e saudamos a iniciativa de nosso governo de ter proposto a realização da “Rio + 20” novamente na Cidade Maravilhosa, como forma simbólica de resgatar compromissos assumidos e não respeitados, principalmente por parte daquelas nações que têm maior responsabilidade e poder para cumpri-los.
Devido à crise econômica que assola destacadamente os países desenvolvidos e que está longe de ser superada em função das medidas equivocadas adotadas para enfrentá-la, existe a preocupação de que a conferência possa ser esvaziada, tanto na forma (pela ausência de líderes importantes) quanto no conteúdo (pelo bloqueio a resoluções claras e concretas).
Não devemos temê-lo, pois o Brasil e muitos outros países têm o que dizer e propor no que tange ao desenvolvimento sustentável. Os indicadores da CEPAL sobre sustentabilidade apontam a América Latina como um continente onde houve progresso desde a “Eco – 92”, particularmente nos últimos dez anos. Na pior das hipóteses, a Rio + 20, pode reforçar a polarização entre modelos opostos de desenvolvimento – como já assinalamos—embora desejemos uma resolução que ofereça propostas concretas para todos.
Nosso governo tem se empenhado e destacado nas negociações sobre acordos ambientais internacionais conforme ficou evidente, particularmente na Conferência das Partes - COP 15 em Copenhaguen com o anúncio da redução voluntária de emissões. Além disso, adotamos uma série de medidas para combater o desmatamento no Brasil e investimentos governamentais em energias renováveis. Ainda mais, na recente COP 17 quando a ação de nossos diplomatas impediu a conclusão de um evento sem resoluções, embora o acordo alcançado esteja eivado de termos vagos e às vezes com múltiplas interpretações, especialmente sobre os limites aceitáveis do aquecimento global.
Mesmo assim, têm sido nítidos os avanços do Brasil no que concerne à consecução das metas estabelecidas em Copenhaguen. No combate ao desmatamento, por exemplo, em 2011 o País alcançou uma redução de 66% em relação à média de desmate verificada entre 1996 e 2005. Isto repercutiu na diminuição das emissões de CO2 desde 2005 até hoje – resultado que possivelmente coloca o Brasil na liderança do ranking de redução de emissões.
A propósito da Rio + 20, gostaria de tecer alguns comentários pessoais sobre o documento-base para a Conferência, ainda em sua fase inicial, e que tem o mérito da abertura para receber contribuições de organizações da sociedade civil e de ONGs brasileiras que estão participando ativamente.
É fundamental que este documento não seja “regressivo”, isto é, que não deixe de reafirmar as resoluções das várias conferências sociais da ONU realizadas desde o início dos anos 1990, mesmo que não tenham sido cumpridas a contento. E que, a partir da realidade atual, apresente novas propostas de maior abrangência e compromissos mais efetivos quanto ao desenvolvimento sustentável.
Compartilho da opinião de nosso governo sobre a necessidade de reforçar o papel do multilateralismo, bem como do princípio emanado da “Eco 92” da “responsabilidade comum, mas diferenciada” entre os países da comunidade internacional sobre os destinos do planeta.
O documento de contribuição brasileira à Conferência Rio + 20 menciona 25 desafios novos e emergentes a serem contemplados quanto ao desenvolvimento sustentável entre eles a erradicação da pobreza extrema, segurança alimentar e nutricional, equidade, empoderamento das mulheres, promoção da igualdade racial, energia, papel do Estado, acesso à tecnologia, financiamento do desenvolvimento sustentável e outros itens também importantes.
No entanto, além deste item, a ONU propõe a discussão sobre a “estrutura institucional do desenvolvimento sustentável” e a “economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza”.
Quero me ater a este último item. Várias pessoas no Brasil e em outros países têm manifestado reservas sobre o significado do termo “economia verde”. Se não seria meramente um marketing para uma nova fase de acumulação de capital a partir da exploração dos recursos naturais, além de um disfarce para velhas e abomináveis práticas de “irresponsabilidade empresarial” contra o meio ambiente sob o manto de falsas medidas de proteção ambiental, o chamado “greenwashing”.
Creio que estas dúvidas são pertinentes, principalmente, ao lermos o documento do Programa das Nações Unidas sobre Meio Ambiente (PNUMA) a respeito deste tema. Sua posição é absolutamente neoliberal no tocante ao envolvimento do setor privado no desenvolvimento da chamada “economia verde”, embora estejamos assistindo uma vez mais à conseqüência da liberalização irracional nos países centrais.
Eu não tenho dúvidas de que necessitamos de um novo paradigma de desenvolvimento no mundo e tampouco de que este não será alcançado sob a égide do neoliberalismo, pois o novo paradigma de desenvolvimento sustentável se pauta pela igualdade e por uma transição justa e equilibrada a partir do modelo atual. E isso somente será tangível com uma participação decisiva do Estado e de regulamentação. Mas, sobretudo porque a expansão global da economia capitalista ameaça o meio ambiente, sendo urgente controlar o crescimento desenfreado na forma como ele se processa. Trata-se de reverter, ou pelo menos deter, o impacto deste sistema sobre a biosfera, vez que os imperativos do mercado capitalista impõem o crescimento máximo e contínuo em busca do lucro, pouco levando em conta as questões ambientais.
Embora a erradicação da pobreza esteja em pauta na Rio + 20, e nós no Brasil temos muito a dizer sobre isso, ela por si só não assegura a igualdade e há muitos bens e serviços disponíveis atualmente para uma minoria da população mundial aos quais o conjunto dela não pode aspirar, pois o planeta não o suportaria. Por exemplo, não seria possível ambientalmente que cada família no mundo tivesse um automóvel, embora, em princípio, seja um direito de todos!
Portanto, devemos focar na busca da igualdade, entre as pessoas e entre as nações. Para que isto seja sustentável, é preciso pensar em mecanismos eficazes de divisão da riqueza e de padrões de consumo igualitários e sustentáveis, implicando limites dos atuais padrões de consumo dos países desenvolvidos, bem como das elites nos países em desenvolvimento em combinação com a elevação dos padrões de consumo da maioria das populações do sul do planeta.
Esta mudança de paradigma requer medidas mais eficazes e imediatas sobre a contenção do aquecimento global e, consequentemente, a implementação de uma economia menos apoiada nas fontes fósseis de energia. Sabemos que isso não é fácil de alcançar e os países em desenvolvimento não podem ter suas oportunidades anuladas devido à irresponsabilidade ambiental de outros. Por isso é que falamos numa transição justa e equilibrada. Mas ela precisa ocorrer de fato, senão todos perderemos.
O posicionamento sobre o tripé do desenvolvimento sustentável, o econômico, o social e, particularmente, o ambiental, não é monopólio de nenhum partido político, tampouco do PT, que tem seus mártires na luta em defesa de causas ambientais, entre eles Chico Mendes, assassinado no Acre em 1989.
Nós do PT continuaremos a contribuir com este debate e com o processo preparatório da Rio + 20, além da implementação posterior de suas resoluções.
Como mencionei no início, o tema do desenvolvimento sustentável é amplo e mexe com muitos interesses. O nosso papel como partido é ajudar a compô-los da melhor maneira possível para dar continuidade às iniciativas de nosso governo federal desde 2003. E continuaremos a fazê-lo nos governos estaduais, no parlamento, nos estados e municípios onde tivermos voz. Não por outra razão, firmamos há pouco a Carta Compromisso para promover a Plataforma Cidades Sustentáveis, sinalizando nosso engajamento, antes, durante e depois das eleições, na promoção do desenvolvimento sustentável.
Finalmente, queremos deixar claro que, quando as composições de interesses não forem possíveis, temos o nosso lado. Que é o mesmo dos trabalhadores, dos pequenos produtores, dos estudantes, dos empreendedores responsáveis, das mulheres, dos negros, dos povos da floresta, enfim, da maioria do nosso povo.
Por isso, estaremos no Rio de Janeiro tanto nas atividades oficiais no “Rio Centro”, quanto, uma vez mais, na “Cúpula dos Povos” no Aterro do Flamengo.”

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Movimentos fazem manifestação hoje: Basta de trevas na Luz e em São Paulo!


Depois de churrascão e em apoio aos removidos do Pinheirinho, novo ato contra a militarização vai até Alckmin e Kassab na manhã desta quarta-feira, 25, em São Paulo, na Praça da Sé
Por Blog Luz Livre
Terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Moinho, Pinheirinho, “Cracolândia”. Além de décadas de descaso por parte do poder público, estas regiões ganharam um novo elemento em comum: o terrorismo de Estado, que carrega consigo inúmeras denúncias de abuso de autoridade, racismo, violação de direitos humanos e tortura. Fica cada vez mais evidente que a política do governo paulista está calcada na militarização como instrumento de garantia dos lucros da iniciativa privada que a financia. Fica também cada vez mais claro que é hora de dizer BASTA.

A população paulista não pode mais tolerar que questões sociais complexas como consumo de drogas ou habitação sejam “resolvidas” por meio da violência policial pura e simples, desrespeitosa de todo e qualquer direito, de toda e qualquer lei que ainda possa vigorar em nosso “Estado de Direito”.

As políticas de “dor e sofrimento” implementadas pelos governos de Kassab e Alckmin – e pouco ou nada combatidas pela esfera federal – dizem respeito a todos os cidadãos e cidadãs, sejam usuários de drogas ou não, tenham sido despejados violentamente de suas casas ou não. Estão em jogo a capacidade de resolvermos nossos problemas através do diálogo, a implementação verdadeira da democracia, o direito à cidade e à políticas públicas efetivas, o respeito aos direitos humanos e à Constituição, o fim do aparelho repressivo implementado na ditadura militar que deveria ter acabado em 1985.

Não é exagero dizer que, com estes governantes, são nossas vidas que estão em jogo. Soluções só se materializam se os problemas estruturais – da desigualdade, do controle da política por parte das corporações, da falta de democracia real – forem enfrentados.

Quarta-feira, dia 25, na Praça da Sé, mais de 60 grupos, entidades e movimentos sociais dirão um imenso NÃO à criminalização da população pobre e à militarização de São Paulo e um SIM à implementação de políticas de saúde, moradia, educação, cultura e emprego que respeitem os direitos humanos e a dignidade das pessoas. Nos juntamos também à exigência de suspensão imediata da desocupação do Pinheirinho, com retorno das famílias às suas casas na área anteriormente ocupada.

Grande ato ESPECULAÇÃO EXTERMINA: BASTA DE TREVAS NA LUZ E EM SÃO PAULO!

Concentração a partir das 8h, na Praça da Sé.
Caminhada rumo ao Pátio do Colégio, onde Alckmin e Kassab estarão, por volta das 10h.
Atividades culturais (10 grupos de teatro confirmados, música hip hop, dança) na Luz no período da tarde (a partir das 13h30).

Leia nosso manifesto e veja as entidades que formam o movimento http://luzlivre.wordpress.com/

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

A diferença entre Dilma e Alckmin é profunda



Como demonstrou Ricardo Amaral no livro “A vida quer é coragem”, a JK de Saias sempre teve um lado.
Por Paulo Henrique Amorim - Conversa Afiada
Segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Na solenidade do Minha Casa, Minha Vida, em São Paulo, a Presidenta, o JK de Saias, disse, segundo o Estadão, na pág. A8:

“ Podemos ter nossas divergências (ao se dirigir ao governador tucano Geraldo Alckmin) eleitorais, mas, terminadas as eleições, essas divergências deixam de existir. O que mostra a maturidade do Brasil é essa relação que nós conseguimos estabelecer, independentemente de origem partidária, credo político e religioso ou opção futebolística,” disse a Presidenta.

Na primeira página, como de hábito, o Estadão, que não tem nenhum compromisso com a verdade factual, diria o Mino Carta, deu uma rasteira na Presidenta (será que o Estadão quer aderir à frente de apoio à Presidenta, e sentar-se ao lado do Eduardo Campos ?):

“ Dilma diz (sic) que diferenças com oposição são só ‘eleitorais’.”

As diferenças entre a Dilma e o Alckmin, entra o PT e o PSDB são profundas, além de “eleitorais”. 

E elas se concretizam nas eleições.

As divergências ficam claras, ali.

Nas três ultimas eleições presidenciais, por exemplo.

Os tucanos ficam ao lado da Privataria.

O Lula e a Dilma, contra.

Os tucanos acham o Bolsa Família o Bolsa Vagabundagem.

O Lula e a Dilma ampliaram o Bolsa Família e , agora, criaram o Brasil sem Miséria.

O Lula e a Dilma fizeram e fazem um Governo para criar uma ampla classe média.

O Governo do Cerra/FHC acentuou a desigualdade de renda e, quando deu emprego, deu emprego informal.

Cerra e FHC achataram o salário mínimo.

Dilma e Lula tem a mania de dar aumento real ao salário mínimo.

Cerra e FHC foram, de joelhos, três vezes ao FMI.

Lula saiu do FMI e agora empresta ao FMI.

Para ficar numa diferença atual, contemporânea.

Os tucanos de São Paulo enfrentam a tragédia do crack com balas e tiros.

Como o Cerra enfrentou os estudantes, professores e policiais grevistas.

E tem o “liberou geral” do jenio do FHC.

A Dilma tem um plano nacional de enfrentamento do crack, que dá ênfase ao tratamento e à recuperação.

Sem tiro.

Terminada a eleição, sobrevém o espírito republicano – a integração entre programas federais e estaduais, em benefício do povo.

O que não acontecia quando o Padim Pade Cerra governou (?) São Paulo e boicotou o ENEM para agradar à Folha (*).

E fez corpo mole com o Minha Casa, Minha Vida, para esconder a Dilma.

“Civilidade “ não significa “identidade”.

Espírito “republicano“ não significa “adesão“.

Como demonstrou Ricardo Amaral – clique aqui para ler e ver a entrevista na Record News -, no livro “A vida quer é coragem”, a JK de Saias sempre teve um lado.

Do outro lado estão o Cerra, o FHC e o Alckmin.

O que as eleições demonstram de forma eloquente.

Do contrário, a eleição terminava em empate.

O Estadão faz qualquer papel.

E é capaz até de querer tirar uma casquinha no prestígio da JK de Saias.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Parlamento Cidadão: Deputado Isac Reis faz balanço de ações para Carapicuíba



Com o objetivo de buscar melhorias para o município de Carapicuíba, cidade que acolheu o deputado estadual Isac Reis e pela qual o parlamentar defende com afinco em sua jornada na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, foram realizadas diversas ações em 2011 focadas no desenvolvimento da cidade e melhorias para a população carapicuibana.
Por Mandato deputado Isac Reis
Sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

O deputado Isac Reis ao lado do prefeito de Carapicuíba, Sergio Ribeiro estiveram na Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social em uma cerimônia que oficializou a adesão do município no Programa Creche Escola, do Governo do estado de São Paulo. O programa é realizado pela Secretarias de Estado de Educação e de Desenvolvimento Social, que tem o objetivo de investir R$ 1 bilhão na construção de mil creches até 2014 por meio da transferência de recursos para construções, reformas, ampliações e aquisições de equipamentos. Os modelos de prédio são desenvolvidos pela Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), cuja área a ser construída é de até 800 m² com capacidade de atendimento para 150 crianças. Como o município não dispõe de espaços amplos, o deputado Isac Reis já articula para viabilizar áreas adequadas para a implantação do projeto como um terreno de 10 mil metros no Jardim Tonato ou uma área no bairro Roseira Parque, resultado de uma parceria público-privada.

Outras melhorias na educação de Carapicuíba foram definidas no mês de outubro, com o deputado Isac Reis, o prefeito Sergio Ribeiro e a Secretaria de Educação, Aparecida da Graça Carlos, ocasião em que reuniram-se com o presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), José Bernardo Ortiz, para firmar investimentos no município. Neste encontro foram definidas a reforma e ampliação das unidades: E.E. Luiz Pereira Sobrinho (Jardim Tonato), E.E. Deputado Derville Allegretti (Jardim Santo Estevão), E.E. Nai Molina do Amaral (Jardim Planalto). Em cada uma destas unidades serão construídas mais 15 salas de aula, reforma e adequação dos prédios escolares.

O deputado também apresentou a emenda 4515 na Assembleia Legislativa, determinando o investimento na ordem de R$ 100 mil para reforma e ampliação da Escola de Ensino Fundamental e Médio do Bairro Roseira Parque.

A área de infra-estrutura de Carapicuíba também foi priorizada por Isac Reis, que apresentou a emenda 539 (ao Projeto de Lei 0954/2-11) reivindicando o remanejamento de R$ 100.000,00 para a construção de um viaduto que desvie o trânsito excedente do centro por meio de uma alça de acesso. Desta forma, os munícipes e visitantes que queiram ir direto ao centro, não participaram do mesmo fluxo de veículos que segue para Alphaville-Tamboré.

Reforçando a importância de Carapicuíba no planejamento de suas ações, o parlamentar teve no início de seu mandato em 2011 mais 3 emendas ao orçamento aprovadas, destinando recursos para a cidade (são 7 para toda a região). Uma das emendas destina R$ 500 mil em recursos para o asfaltamento de ruas. Outra totaliza R$ 150 mil para infra-estrutura em praças de esportes com a construção e reforma de alambrados, vestiários e iluminação. E uma terceira destina-se à compra de um mamógrafo para atendimento em saúde da mulher no município no valor de R$ 100 mil.

Para a cidade de Carapicuíba, também foram apresentadas as indicações 2594/11 que destaca a necessidade de reforma dos Distritos Policiais e da Cadeia Pública do município e a 2593/11, que indica a implantação de um Albergue noturno na cidade.

Além disso, o deputado Isac Reis ao lado do prefeito de Carapicuíba, Sergio Ribeiro, é defensor de medidas compensatórias do governo para o aterro da lagoa do município. O parlamentar se empenha pessoalmente na busca por um programa habitacional para atender 250 famílias que moram no entorno da Lagoa. Outra luta do deputado é pela implantação de uma usina de reciclagem de material sólido que atenda não só a cidade, mas a região.

“Existem muitas causas pelas quais luto por minha cidade, e aos poucos, os resultados vão surgindo. As demandas são imensas, a cidade é muito carente, mas nosso desafio está justamente em superar estas dificuldades e buscar soluções para que o município receba apoio do governo estadual para que se desenvolva cada vez mais. Quero, como todo morador desta cidade, uma Carapicuíba cada vez melhor. E não mediremos esforços para alcançar este objetivo”, destacou Isac Reis.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Para ofender Lula e as esquerdas, Ferreira Gullar recorre à mediocridade plena


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Juremir Machado da SilvaCorreio do Povo

Nada mais conservador do que um ex-comunista. É a síndrome do ex-fumante ou do ex-drogado, o cara que cria uma fundação para pregar a moral que não viveu


Ano-Novo, vida velha. Ferreira Gullar foi um baita poeta. O seu "Poema Sujo" é arte das grandes. Foi artista engajado, mas a sua poesia conseguia ir muito além dos clichês bem-intencionados dos revolucionários. Hoje, certamente para ganhar a vida ou sentir-se vivo, escreve "crônicas" na Folha de S.Paulo. O seu primeiro texto de 2012 mostra o grande poeta transformado num cronista de meia pataca destilando lugares-comuns conservadores para felicidade de leitores conformistas que se acham cult ou muito críticos. Um mingau azedo polvilhado de certezas sem amparo dos fatos. Por exemplo: "A América Latina vive hoje, por determinadas razões, a experiência do neopopulismo, que tem como principal protagonista o venezuelano Hugo Chávez. É um regime que se vale da desigualdade social para, com medidas assistencialistas, impor-se diante do povo como seu salvador. Lula seguiu o mesmo caminho, mas, como o Brasil é diferente, não conseguiu o terceiro mandato. A solução foi eleger Dilma para um mandato tampão". Como prova? Apenas o seu ranço.

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Nada mais conservador do que um ex-comunista. É a síndrome do ex-fumante ou do ex-drogado, o cara que cria uma fundação para pregar a moral que não viveu. Para ser colunista nos jornalões brasileiros, é preciso, em geral, ser muito conservador ou transferir capital de um bolso para outro, usando a fama de uma atividade como base para o exercício de outra. A direita domina amplamente os chamados espaços de formação de opinião na imprensa. Há jovens que sobem logo ao trono, adotando ideias reacionárias e velhas que, enfim, conquistam novos prêmios, espaços e adulações repetindo fórmulas gastas pela mídia soberana. Ao não buscar um terceiro mandato, Lula frustrou os seus críticos, tirou-lhes - para adotar o atual tom clichê de Ferreira Gullar - o pão da boca e deixou-os por aí a jogar conversa fora. Aquele que foi um poeta maior, de imagens desconcertantes, agora termina suas análises mal-iluminadas com uma frase formalmente constrangedora: "Temo pelo que possa acontecer à Argentina, nas mãos de uma presidente embriagada pelo poder". Pobre poeta, embriagado pela sua mediocridade. Embriagado pela mediocridade do poder da mídia. Enquanto isso, na mesma Folha de S.Paulo, um cronista de ofício, Carlos Heitor Cony, depois de algumas temporadas sentenciosas, faz o caminho inverso: termina de envelhecer bem, disseminando um ceticismo levemente irônico de dar inveja a um Machado de Assis. Assim: "Que venham as tempestades da natureza, contra a qual pouco podemos. Quanto às tempestades provocadas pelos escândalos e pela corrupção da qual estamos fartos, não custa apelar para o fervor de nossas preces". 

Como cronista, Ferreira Gullar é um Neymar improvisado de lateral. Há quem confunda ter criticado o stalinismo, na época da queda do muro de Berlim e das ditaduras do Leste europeu, com louvação ao capitalismo sem regulação, esse que quebrou a Europa e parte da economia dos Estados Unidos. 

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Pois é, o poeta Ferreira Gullar perdeu-se em corsos, comícios, discursos a granel. Vai ver que é a coincidência do nome com outro maranhense: José Ribamar.
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