Os deputados do PT João Paulo Rillo, líder da Minoria na Assembleia Legislativa de São Paulo, e Luiz Claudio Marcolino, vice-líder da Bancada do PT, vão protocolar nos próximos dias representação no Ministério Público Estadual e no Patrimônio Público e Social da capital solicitando apuração de possível irregularidade, ilegalidade e improbidade na conduta dos responsáveis pela Sabesp em contratos que somam R$58 milhões com três consórcios controlados pela Hydrax Saneamento de Tubulações Ltda, Camp Saneamento de Tubulações Ltda. (ex-Camp Jato Limpeza Técnica Ltda), e seu dono e representante, Gregório Wanderley Cerveira.
De acordo com reportagem publicada pelo Jornal da Tardeem 11 de julho com base nos diálogos gravados e constantes do relatório do Ministério Público Estadual, Gregório Wanderley Cerveira, um dos presos por ocasião da megaoperação desencadeada em Campinas, e João Thomaz Pereira, então diretor de uma de suas empresas, “mostram-se preocupados com a possibilidade de notícias sobre o envolvimento nas denúncias de irregularidades em Campinas ‘contaminarem’ contratos com a Sabesp”.
Para os promotores do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Campinas, a preocupação constante de Cerveira e Thomaz para não incriminar a Sabesp “é um indício de ilicitudes nos contratos com a empresa”.
Já reportagem publicada pelo jornal O Estado de SP em 27 de maio destaca nomes de políticos ligados ao PSDB que foram citados nas escutas:
“No dia 11 de abril, às 9h27, Mayer fala com ‘homem não identificado’, segundo a promotoria. Esse interlocutor sugere que Edson Aparecido, secretário de Estado de Desenvolvimento Metropolitano, José Henrique Reis Lobo, ex-presidente do Diretório Municipal do PSDB em São Paulo, e o deputado Ricardo Trípoli (PSDB-SP) estariam "intercedendo" nos negócios de outro empresário, José Carlos Cepera, apontado como líder do grupo que teria desviado R$ 615 milhões do Tesouro.
O Ministério Público não investiga os tucanos. Mas registrou a menção aos nomes na página 266 do relatório de inteligência que deu base para a Justiça decretar a prisão temporária de 20 suspeitos, entre eles Mayer e Cepera. Os políticos negam categoricamente relacionamento com os empresários. Eles se declararam indignados.”
“Com base nessas informações, solilcitamos o aprofundamento das investigações quando há, no relato do jornalista Fábio Serapião, tendo por base os diálogos gravados, de um lado, preocupação extrema dos interlocutores com a ´contaminação´ de outros contratos, nos quais Cerveira tem participação direta, principalmente nos contratos celebrados com a Sabesp; de outro lado, a afirmação constante do relatório do Ministério Público Estadual de que, com base nos diálogos, pode-se ´concluir pela possível existência de outros contratos fraudulentos´, que `deverão ser investigados no momento oportuno´. Contudo, em relação a este momento oportuno, a notícia do jornal de 27 de maio de 2011, que teve acesso a íntegra do processo do Gaeco é taxativa: `O Ministério Público não investiga os tucanos´”, afirmam dos deputados João Paulo Rillo e Luiz Claudio Marcolino.
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